domingo, 10 de maio de 2009

Drogas

Intitulamos “droga” qualquer substância e/ou ingrediente utilizado em laboratórios, farmácias, tinturarias, etc., desde um pequeno comprimido para aliviar uma dor de cabeça ou até mesmo uma inflamação, é uma droga. Contudo, o termo é comumente empregado a produtos alucinógenos ou qualquer outra substância tóxica que leva à dependência como o cigarro, e o álcool, que por sua vez têm sido sinônimo de entorpecente.

As drogas psicoativas são substâncias naturais ou sintéticas que ao serem penetradas no organismo humano, independente da forma (ingerida, injetada, inalada ou absorvida pela pele), entram na corrente sanguínea e atingem o cérebro alterando todo seu equilíbrio, podendo levar o usuário a reações agressivas.

O que leva uma pessoa a usar drogas?

Pesquisas recentes apontam que os principais motivos que levam um indivíduo a utilizar drogas são: curiosidade, influência de amigos (mais comum), vontade, desejo de fuga (principalmente de problemas familiares), coragem (para tomar uma atitude que sem o uso de tais substâncias não tomaria), dificuldade em enfrentar e/ou agüentar situações difíceis, hábito, dependência (comum), rituais, busca por sensações de prazer, tornar (-se) calmo, servir de estimulantes, facilidades de acesso e obtenção e etc.

A força do cigarro no organismo



O importante é não consumir o primeiro.

Por longos e longos anos as pessoas foram ensinadas que o cigarro somente provocaria reações no organismo após um grande período de uso, porém estudos recentes desmentem tais ensinamentos e assustadoramente mostram a real força do cigarro no organismo. Este, composto por tabaco seco enrolado por um fino papel que se queima após ser aceso, provoca rápidas reações no corpo do homem.

Segundo estudiosos, cerca de 10% dos fumantes que colocam o primeiro cigarro na boca já apresentam reações significativas no organismo que provocam a dependência por um período de até dois dias depois, idéia que se aplicava somente aos fumantes de longa data. O curioso é que um cigarro consegue suprir, em fumantes iniciantes, a necessidade do organismo em relação à droga por até uma semana, o que não acontece com fumantes de longa data.

Intrigantemente, a nicotina presente em um só cigarro consegue aumentar a produção de hormônios receptores no lobo frontal do cérebro, no hipocampo e no cerebelo que envolve a memória a longo prazo. Dessa forma, dois dias após ter fumado um único cigarro um indivíduo passa a ter necessidades da droga no organismo. A manifestação da dependência à droga ocorre por causa das adaptações que o organismo faz para recebê-la na busca por manter seu equilíbrio químico e funcional.

Com o decorrer do tempo, as pessoas tendem a necessitar de um novo cigarro em um curto período, ou seja, em um prazo de duas horas o organismo já deixa o indivíduo inquieto, irritado e ansioso fazendo com que busque a calmaria no cigarro.

Deixar de fumar não é fácil. Segundo pesquisas, somente 3% dos fumantes conseguem abandonar o vício e o restante pode até conseguir parar durante um período, mas após esse volta a fumar. Acredita-se que a melhor forma para abandonar o vício é deixá-lo de uma só vez e não gradualmente como muitos fazem.

Anfetaminas



Anfetaminas: drogas usadas principalmente em regimes de emagrecimento
e como estimulante.

As anfetaminas são drogas estimulantes, ou seja, estimulam o sistema nervoso central, provocando aumento das capacidades físicas e psíquicas. Os efeitos que podem ser sentidos no corpo são: dilatação da pupila, aumento da pressão sanguínea, aumento do número de batimentos cardíacos.

Anfetaminas são drogas sintéticas, fabricadas em laboratório. Foi sintetizada pela primeira vez em 1887, na Alemanha. Quarenta anos mais tarde começou a ser usada pelos médicos para aliviar fadiga, alargar as passagens nasais e branquiais e estimular o sistema nervoso central. Em 1932, a droga foi lançada na França com o nome de Benzedrine, na forma de inalador indicado como descongestionante nasal. Em 1937, foi comercializada na forma de comprimido para elevar estados de humor. Durante a Segunda Guerra Mundial foi utilizada pelas tropas alemãs para reforçar a resistência e eliminar a fadiga de combate.

O controle da comercialização iniciou por volta do ano de 1970, quando as anfetaminas passaram a ser consideradas drogas psicotrópicas, por causar um estado de grande excitação e sensação de poder, dependendo da dosagem. As anfetaminas provocam dependência física e psíquica, o uso freqüente pode ocasionar tolerância à droga e diante da suspensão poderá ocorrer também a síndrome de abstinência.

As anfetaminas são facilmente encontradas em farmácias e usadas principalmente em regimes de emagrecimento e como estimulante, pois inibe a fome e proporciona euforia, maior resistência e melhor concentração, porém as farmácias são obrigadas a vendê-las sob prescrição médica.

Barbitúricos


Barbitúricos são sedativos e calmantes. São usados em remédios para dor de cabeça, para hipnose, para epilepsia, controle de úlceras pépticas, pressão sanguínea alta, para dormir. Nos primeiros anos de uso dos barbitúricos não se sabia que poderia causar dependência, mas já havia inúmeras pessoas dependentes. Hoje há normas e leis que dificultam uma pessoa a obter esse composto.

Os barbitúricos provocam dependência física e psicológica, diminuição em várias áreas do cérebro, depressão na respiração e no sistema nervoso central, depressão na medula, depressão do centro do hipotálamo, vertigem, redução da urina, espasmo da laringe, crise de soluço, sedação, alteração motora.

Os barbitúricos causam dependência, desenvolvimento de tolerância e síndrome de abstinência. A abstinência requer tratamento médico e hospitalização já que leva a pessoa a ter hipotensão arterial, transpiração excessiva, náuseas, vômitos, hiperatividade dos reflexos, ansiedade, apreensão, taquicardia, tremor corporal, abalos musculares. Se a abstinência tiver importância grave pode ocorrer convulsão, obnubilação, alucinações visuais, desorientação e delírios.

Podemos citar alguns tipos de medicamentos com barbitúricos. São eles: amytal, veronal, butisol, gardenal, luminal, evipal, mebaral, nembutal, seconal, surital e delvinal. Tais medicamentos têm ação dos barbitúricos variadas que apresentam ação curta, intermediária e prolongada.

Boa Noite Cinderela


É o nome dado a um conjunto especifico de drogas: calmantes (benzodiazepínicos), lorazepam (lorax), flutnitrazepam (rohypnol) e bromazepam (lexotam).

Esse conjunto de drogas também é conhecido como “rape drugs” (drogas de estupro). Essas drogas têm em comum o efeito depressor sobre o sistema nervoso central, principalmente quando combinadas com bebidas alcoólicas, as quais têm efeito similar.

O nome Boa Noite Cinderela (BNC) é proveniente de golpes, onde, um rapaz ou moça de boa aparência e falante se aproxima – normalmente numa danceteria, bar ou mesmo num restaurante – e puxa conversa.

No final da noite, oferece chiclete, bala ou bebida. Sem que a vitima saiba que ali há drogas, depois de algum tempo, a pessoa cai num sono profundo. Podendo ficar neste estado por mais de um dia, facilitando assim roubo ou estupro.

Cigarro



O cigarro é hoje o maior problema de saúde pública mundial.

O cigarro é uma pequena porção de tabaco seco e picado, enrolado em papel fino. Em alguns cigarros, o sistema de filtro geralmente é de esponja ou papel. Fabricado a partir de 1840, este se tornou um dos produtos de consumo mais vendidos no mundo.

A fabricação do cigarro pode ser composta por até setecentos aditivos químicos. A fumaça é repleta de substâncias nocivas, como acetona, arsênico, butano, monóxido de carbono e cianido. A nicotina, um dos componentes do cigarro, é a responsável pela dependência.

Os sintomas psicológicos e físicos do cigarro responsáveis pela dependência são: maior clareza de pensamentos; maior atenção e capacidade de concentração; aumento da memória; além da diminuição do apetite, irritabilidade e agressividade.

O cigarro foi considerado, durante muito tempo, como símbolo de status. Hoje se sabe que é um dos piores inimigos da saúde, tendo se tornado o maior problema da saúde pública mundial. O fumo pode ocasionar doenças isquêmicas do coração, isquemias ou hemorragias cerebrais, doença pulmonar obstrutiva crônica, cânceres de pulmão, boca, laringe, esôfago e bexiga.

As pessoas que convivem com fumantes são conhecidas como “fumantes passivos”. Crianças expostas à fumaça são propensas a problemas respiratórios agudos. Entre alguns dos tratamentos utilizados para se acabar com o vício, podemos citar os grupos de apoio e a psicoterapia.

Cocaína

A cocaína é uma droga psicoativa que estimula e vicia, promovendo alterando cerebrais muito importantes. É extraída da folha da coca e se consumida por muito tempo ocasiona muitos problemas de saúde, como por exemplo: a aceleração do envelhecimento e danos cerebrais.

A cocaína é originária da planta Erythroxylon coca, nativa da Bolívia e do Peru. Pode ser utilizada pelas vias intranasal, intravenosa e pulmonar, podendo em casos mais raros ser usada via oral.

Devido os efeitos de euforia e prazer que a cocaína proporciona, as pessoas são seduzidas a utilizá-la para vivenciar sensações de poder, entretanto esses efeitos duram pouco tempo, onde a pessoa entra em contato com a realidade e experimenta depressão e ansiedade por utilizá-la novamente.

Aceleração ou diminuição do ritmo cardíaco, dilatação da pupila, elevação ou diminuição da pressão sanguínea, calafrios, náuseas e vômitos, perda de peso e apetite são alguns dos efeitos biológicos da cocaína.

Cogumelos


Amanita Muscaria_ Possui dois tipos de alucinógenos sendo muscimol e ácido ibotêmico. Esses alucinógenos estimulam os neurotransmissores GABA no sistema nervoso central. Seus primeiros efeitos são desorientação, sono, falta de coordenação. Posteriormente ocorre euforia intensa, falta de noção de tempo, alucinações visuais e alterações de humor como a fúria, por exemplo. Se usado em grande quantidade pode causar intoxicação e em alguns casos pode ser letal.


Psilocybe Cubensis_ Estimula os receptores de acetilcolina situados no cérebro e no sistema nervoso. Seu uso provoca salivação, perda de controle da urina e das fezes, lacrimejamento, cólicas, náuseas, vômitos, queda do ritmo cardíaco e da pressão arterial. Seus alucinógenos são semelhantes ao LSD e provoca euforia, sonolência, visão obscura, pupila dilatada entre outros e seu efeito dura em torno de três horas.

Crack


O crack deriva da planta de coca, é resultante da mistura de cocaína, bicarbonato de sódio ou amônia e água destilada, resultando em grãos que são fumados em cachimbos.

O surgimento do crack se deu no início da década de 80, o que possibilitou seu fumo foi a criação da base de coca batizada como livre.

O consumo do crack é maior que o da cocaína, pois é mais barato e seus efeitos duram menos. Por ser estimulante, ocasiona dependência física e, posteriormente, a morte por sua terrível ação sobre o sistema nervoso central e cardíaco.

Devido à sua ação sobre o sistema nervoso central, o crack gera aceleração dos batimentos cardíacos, aumento da pressão arterial, dilatação das pupilas, suor intenso, tremores, excitação, maior aptidão física e mental. Os efeitos psicológicos são euforia, sensação de poder e aumento da auto-estima.

A dependência se constitui em pouco tempo no organismo. Se inalado junto com o ácool, o crack aumenta o ritmo cardíaco e a pressão arterial o que pode levar a resultados letais.

Álcool

O principal agente do álcool é o etanol (álcool etílico). O consumo do álcool é antigo, bebidas como vinho e cerveja possuíam conteúdo alcoólico baixo, uma vez que passavam pelo processo de fermentação. Outros tipos de bebidas alcoólicas apareceram depois, com o processo de destilação.

Apesar de o álcool possuir grande aceitação social e seu consumo ser estimulado pela sociedade, este é uma droga psicotrópica que atua no sistema nervoso central, podendo causar dependência e mudança no comportamento.

Quando consumido em excesso, o álcool é visto como um problema de saúde, pois este excesso está inteiramente ligado a acidentes de trânsito, violência e alcoolismo (quadro de dependência).

Os efeitos do álcool são percebidos em dois períodos, um que estimula e outro que deprime. No primeiro período pode ocorrer euforia e desinibição. Já no segundo momento ocorre descontrole, falta de coordenação motora e sono. Os efeitos agudos do consumo do álcool são sentidos em órgãos como o fígado, coração, vasos e estômago.

Em caso de suspensão do consumo, pode ocorrer também a síndrome da abstinência, caracterizada por confusão mental, visões, ansiedade, tremores e convulsões.

Ansiolítico



Ansiolítico

Ansiolítico é uma droga sintética utilizada para diminuir a ansiedade e a tensão. Atingem áreas do cérebro que controlam a ansiedade. Quando recomendado por médicos, não provocam danos físicos ou mentais.

É um medicamento sedativo, conhecido também como tranqüilizante, que possui o efeito de diminuir ou extinguir a ansiedade, sem prejudicar excessivamente as funções psíquicas e motoras.

São utilizados no tratamento de insônia e para reprimir crises convulsivas. Recebem o nome de drogas hipnóticas, por induzir o sono. Os ansiolíticos mais comuns são as substâncias chamadas benzodiazepínicos. São utilizados via oral, em forma de comprimidos ou cápsulas, ou via endovenosa, em forma de injeção.

Devido à facilidade com que este medicamento é disponibilizado em farmácias, seu uso tornou-se comum. Existem pessoas que ao se sentirem estressadas ou nervosas fazem uso desse medicamento, mesmo sem recomendação médica.

O ansiolítico é utilizado por usuários de drogas estimulantes, para diminuir a euforia, a excitação e até mesmo para dormir após o uso prolongado de drogas.

Os ansiolíticos benzodiazepínicos podem causar dependência quando são utilizados por um longo período.

Os sintomas de abstinência são: irritabilidade, dores no corpo, insônia, em casos extremos provoca convulsão.

Em mulheres grávidas, o ansiolítico pode provocar má formação fetal.

Os benzodiazepínicos são as drogas mais utilizadas em todo o mundo, e consideradas um problema de saúde pública nos países mais desenvolvidos.

Benflogin (cloridrato de benzidamina)



Benflogin é usado como alucinante pelos jovens.

O cloridrato de benzidamina (Benflogin) é um antiinflamatório indicado para região de orofaringe, doenças periodontais, combate a infecções e é indicado até para acalmar coceiras em crianças. A dose máxima diária é de 200 mg. Estudos mostram que a ingestão de 500 mg de Benflogin, leva ao desenvolvimento de alucinações e se associado ao álcool essas são mais intensas. Isso acontece graças aos efeitos psicoativos de seu princípio ativo, o cloridrato de benzidamina, por isso a utilização desses medicamentos em altas dosagens tem sido muito comum entre os adolescentes e jovens, principalmente na vida noturna. Já se tem relatos de jovens que incrementam seus fins de semana com a ingestão de oito a quinze comprimidos da ''poção mágica'', tomada com bebida alcoólica ou refrigerante.

Na superdosagem, há o aumento da produção e da liberação de dopamina no cérebro, acelerando a atividade no sistema límbico que controla as funções, como memória e emoções. As experiências armazenadas sofrem deformações, causando alteração da percepção da realidade e conseqüentemente alucinações visuais. Entre os efeitos alucinógenos descritos, os principais são raios e luzes coloridas, após a movimentação do globo ocular e o chamado pelos usuários de "Efeito Bruce Lee”, no qual são visualizadas cenas em câmera lenta.
Quando acaba o estoque de dopamina, a pessoa sente cansaço, sonolência, irritação, tonturas, dores de estômago e falta de apetite. Gastrite, úlcera, sangramento intestinal, convulsões e falência dos rins são sintomas provenientes do abuso prolongado desse medicamento.

Alguns médicos questionam a venda do remédio. Ele foi desenvolvido há 40 anos e, de lá para cá, foram descobertos novos antiinflamatórios menos perigosos. Mas o uso de Benflogin nas doses prescritas pelos médicos é considerado seguro. Consta na bula, de forma bem clara e objetiva, que o medicamento não deve ser associado a bebidas alcoólicas, e afirma também que a superdosagem causa alucinação. O que deveria haver é um maior controle sobre a produção e distribuição. A receita médica deveria ser obrigatória para a aquisição desse produto.

Cafeína

A cafeína é um composto químico, classificado como alcalóide, pertencente ao grupo das xantinas, além de atuar sobre o sistema nervoso central, aumenta a produção de suco gástrico, decorrente da alteração metabólica ocasionada pela mesma. Devido ao estímulo do sistema nervoso, a cafeína favorece o estado de alerta.

A cafeína é a droga mais consumida no mundo e é encontrada em uma grande quantidade de alimentos, como chocolate, café, guaraná, cola, cacau e chá-mate, é possível encontrá-la também em alguns analgésicos e inibidores de apetite. O valor nutricional da cafeína está ligado apenas ao efeito excitante.

Em excesso, a cafeína pode ocasionar alguns sintomas como irritabilidade, agitação, ansiedade, dor de cabeça e insônia.

Devido ao estímulo acima mencionado que esta droga proporciona alguns efeitos comprovados, como aumento da atenção mental, aumento da concentração, melhoria do humor, diminuição da fadiga.

Segundo estudos dez gramas, em média, de cafeína é uma dose letal para o homem, e em uma xícara de café são encontrados cem miligramas de cafeína.

Apesar de ser utilizada para solucionar problemas cardíacos, ajudar pessoas com depressão nervosa decorrente do uso de álcool, ópio, a cafeína é uma droga que causa dependência física e psicológica, uma vez que para estimular o cérebro utiliza os mesmos mecanismos das anfetaminas, cocaína e heroína. Os efeitos da cafeína são mais leves, porém manipula os mesmos canais do cérebro, uma das razões que pode levar as pessoas ao vício.

Clorofórmio


O clorofórmio, conhecido também por triclorometano, é um líquido incolor e volátil que produz efeito anestésico, por ser muito volátil absorve calor da pele. O que ocorre é que com a temperatura reduzida, os nervos sensitivos não exercem suas funções e a sensação de dor também é diminuída.

Descoberto em 1831, o clorofórmio substituía o álcool por provocar euforia e desinibição. Foi utilizado como anestésico em cirurgias e partos.

O que fez com que os médicos o abandonassem como anestésico em cirurgias e partos foi a comprovação de que esta droga poderia ocasionar morte súbita por depressão circulatória.

O clorofórmio produz dependência e suas principais vias de contato compreendem a ingestão, a inalação e o contato dérmico.

Se ingerido pode causar queimadura na boca e garganta, dor no peito e vômito, em grande quantidade pode ser letal.

Provoca irritação à pele, olhos e trato respiratório. Atinge o sistema nervoso central, rins, sistema cardiovascular, e fígado. Pode causar câncer dependendo do nível e da duração da exposição.

O clorofórmio é usado ilegalmente por um grande número de meninos de rua e estudantes de primeiro e segundo graus, por ser volátil, evapora à temperatura ambiente, sua inalação é facilitada; é popularmente conhecido como “loló”, “cola de sapateiro”, “cheirinho” e “lança perfume”.

A inalação do clorofórmio causa desde excitação, euforia, impulsividade, agressividade, confusão, desorientação, visão embaralhada, perda de autocontrole, alucinação, sonolência, inconsciência até convulsões, decorrentes de estágios mais graves onde há intoxicação.


Codeína

A codeína é um alcalóide natural que compõe o ópio. É utilizado no tratamento da dor e para tosses secas sem expectoração. Os métodos de administração são oral ou endovenoso. O efeito é de 3 a 6 horas.

Os xaropes e gotas que contém codeína só podem ser vendidos com receita controlada. Os produtos comerciais à base de codeína são o Belacodid, Codelasa, Gotas Binelli, Pambenyl, Setux, Tussaveto, Belpar, Tylex.

Os efeitos da codeína são dilatação da pupila, má digestão, e prisão de ventre.

A codeína age no cérebro bloqueando o Centro da Tosse, área que comanda os ataques repentinos de tosse.

Quando utilizadas em doses maiores que a terapêutica, age também impedindo as regiões do cérebro que comandam as funções dos órgãos, ocasionando sonolência, diminuição dos batimentos cardíacos, da temperatura do corpo, da pressão do sangue e da respiração, podendo levar a pessoa ao estado de coma.

Os sintomas comuns da síndrome de abstinência quanto ao uso da codeína são: calafrios, cãibras, cólicas, irritabilidade e insônia.

Cola de sapateiro e lança-perfume


Possuem substâncias classificadas entre as drogas inalantes. O toluene é o ingrediente ativo na cola. Tem efeito similar ao do álcool: euforia, perda da coordenação motora e, no extremo, vômitos e coma.

Descoberto no século XIII e usado como anestésico, o éter, principal ingrediente do lança-perfume, passa a ter uso recreativo por volta de 1700, na Inglaterra. A substância deprime o sistema nervoso e pode provocar gastrite e enfarte.

Dopagem


Substâncias ilícitas são muito utilizadas para melhorar o rendimento dos atletas

A dopagem ou dopagem bioquímica é a utilização ilícita de substâncias, independente da quantidade ingerida, que melhoram de alguma forma o rendimento físico de atletas, sendo esses pessoas ou animais. São consideradas substâncias dopantes: betabloqueadores, diuréticos, estimulantes, injeção de sangue, narcóticos e esteróides anabolizantes.

Os betabloqueadores paralisam os efeitos da adrenalina, baixam a pressão sanguínea e diminuem os batimentos cardíacos auxiliando assim as categorias esportivas que exigem maior exatidão.

Os diuréticos são substâncias que reduzem a massa corporal e a eliminação de substâncias dopantes através da urina. Os estimulantes aumentam os estímulos recebidos pelo sistema cardíaco e metabólico fazendo com que os efeitos da adrenalina e excitação aumentem e as sensações de dor e de esforço físico diminuam.

A injeção de sangue é utilizada para aumentar a quantidade de glóbulos vermelhos no organismo melhorando a circulação do oxigênio. Os narcóticos são utilizados com a finalidade de diminuir a dor em casos de lesões.

Os esteróides aumentam o tamanho dos músculos, o número de hemácias e melhoram a respiração.

Para detectar tais substâncias dopantes no organismo dos atletas são realizados vários exames denominados anti-doping que procede da seguinte maneira: o atleta é encaminhado ao controle de doping acompanhado por um representante do evento do mesmo sexo que verificará a retirada da urina bem como a quantidade depositada no frasco e o ph. Após este primeiro procedimento, a amostra reage quimicamente dando o resultado positivo ou não. Em casos de resultados positivos o laboratório faz outro tipo de exame, e somente após o resultado desse a agência de controle é comunicada e essa pede novos exames.

LSD

O LSD, acrônimo de dietilamida ácido lisérgico, produz grandes alterações no cérebro, atuando diretamente sobre o sistema nervoso e provocando fenômenos psíquicos, como alucinações, delírios e ilusões. É uma substância sintética, produzida em laboratório, que adquiriu popularidade na década de 60, quando não era vista como algo prejudicial à saúde.

Pode ser consumida por via oral, injeção ou inalação, e se apresenta em forma de barras, cápsulas, tiras de gelatina e líquida; seus efeitos duram de oito a doze horas.

Os efeitos físicos dessa droga são: dilatação das pupilas, sudorese, aumento da freqüência cardíaca e da pressão arterial, aumento da temperatura, náuseas, vômitos. Os sintomas psíquicos são alucinações auditivas e visuais, sensibilidade sensorial, confusão, pensamento desordenado, perda do controle emocional, euforia alternada com angústia, dificuldade de concentração.

É importante destacar que os efeitos do LSD dependem do ambiente, da qualidade da droga e da personalidade da pessoa.

O LSD é mais usado por adolescentes e jovens, com o intuito de ter visões e sensações novas e coloridas, pois as formas, cheiros, cores e situações se modificam, levando a pessoa a criar ilusões e delírios, como por exemplo, paredes que escorregam, mania de grandeza e perseguição. Pode ocorrer também um “flashback”, fenômeno onde são sentidos os efeitos da droga após um período de semanas ou meses sem usá-la.

O LSD é conhecido também com outros nomes como doce, ácido, gota, papel, microponto.

Guaraná em Pó é Droga?


Droga é toda e qualquer substância que de alguma forma causa alteração nos sentidos e/ou dependência de consumo. Diante disso, o pó de guaraná pode ser considerado uma droga?
Não necessariamente, tendo em vista que as substâncias que o constituem são basicamente a teobromina (presente também no chocolate) e a cafeína, seus efeitos não são tão graves quanto o consumo exagerado de café ou trufas de chocolate.

Não é possível afirmar que o guaraná vicia, no entanto, o organismo se acostuma com ele e, quando sente falta, reclama. Isso ocorre porque a teobromina e a cafeína ativam as dopaminas (neurotransmissores cerebrais que deixam a pessoa acordada e mais agitada). Quando se faz uso prolongado do guaraná em pó, o cérebro passa a precisar de uma quantidade cada vez maior de dopamina.

Muitos jovens fazem uso exagerado da substância para aproveitar o tempo que tem, principalmente em época de vestibular. Na tentativa de obter mais conhecimento através do estudo prolongado, o jovem toma guaraná em pó e outras substâncias para manter-se acordado durante a noite. Ação que agride o organismo e que pode causar forte dependência da dopamina.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Química

Química Geral

Química é a ciência que estuda a estrutura das substâncias, a composição e as propriedades das diferentes matérias, suas transformações e variações de energia.

Ela conquistou um lugar central e essencial em todos os assuntos do conhecimento humano. Relaciona-se com outras ciências como a Biologia, Ciências Ambientais, Física, Medicina e Ciências da Saúde.

A Química é útil em inúmeras atividades, como por exemplo, na agricultura onde os agricultores a utilizam para melhorar a acidez do solo, os médicos precisam do conhecimento químico para reconhecer a composição das substâncias utilizadas como medicamento.

A Química é uma ciência experimental que teve seu processo de descoberta ligado à preocupação que as culturas antigas tinham em compreender a relação entre o ser humano, a natureza e seus fenômenos: a chamada Alquimia.

Água: substância interessante


A água e suas características são curiosas.

A ligação de hidrogênio presente nas moléculas de água faz esta substância possuir propriedades únicas, mas que mistério existe por trás dos átomos de hidrogênio e de oxigênio ligados entre si?

H - 0 - H

Veja algumas das principais características da água:

- Ela se expande quando sua temperatura fica abaixo de 0°C. Uma prova: esta propriedade pode ser vivenciada diariamente, coloque água no freezer e observe sua taxa de expansão, se estiver confinada em recipiente fechado com volume total de água, vai ocorrer uma quebra no recipiente proveniente da dilatação da água.

- Outra característica da água é o seu estado líquido. Mesmo possuindo estrutura molecular parecida com a de outros compostos gasosos, ela insiste em se manter no estado líquido.

A água cobre ¾ da superfície da Terra através de rios, lagos e mares, e se faz presente também em nosso corpo, 70% do peso corporal é correspondente à água, ela é responsável pelo funcionamento dos organismos vivos, regula a temperatura corporal e transporta sais minerais, daí a importância do seu estudo.

Átomos e a construção do Universo



Os átomos se unem para formar moléculas.

De que é feito tudo ao nosso redor? Como se formam os mais variados materiais existentes? O próprio nome já diz: todo material provém da matéria e a matéria é constituída de átomos.

Se for analisar um átomo sozinho em sua estrutura, observaremos os seguintes aspectos: ausência de cor e visibilidade, ou seja, não é perceptível. Mas se aglomeramos uma grande quantidade de átomos surgirão moléculas, e estas irão se unir a mais moléculas para formar outras ainda maiores e diferentes umas das outras. Daí a pouco se tem uma enorme variedade de compostos, e é exatamente assim que se forma tudo em nossa volta.

Mas não pense que foi da noite para o dia que surgiu essa concepção para o átomo. Em tempos remotos a teoria que prevalecia era a dos quatro elementos: terra, fogo, ar e água. Essa era a idéia defendida pelos antigos alquimistas. Com o passar do tempo o átomo foi se revelando e hoje, na era da tecnologia, não podemos desprezar a teoria atômica, até porque o conforto que usufruímos atualmente depende desses princípios, como por exemplo, o forno microondas, a televisão, etc.

Essas e outras tecnologias dependem da existência desta partícula fundamental: o átomo.

Cálculo das partículas atômicas

Sabemos que prótons, elétrons e nêutrons são partículas de um átomo, como saber suas quantidades baseando-se nos dados fornecidos na Tabela Periódica? É preciso então determinar as partículas atômicas baseando-se no número atômico e de massa.

Para facilitar nosso estudo é recomendável ter a Tabela em mãos. Observe que os elementos aparecem representados por um símbolo acompanhado do número atômico e número de massa respectivos. A forma esquemática abaixo será utilizada para representar as posições de cada número nos elementos:

ZXA ou AzX

Símbolo do elemento: X

Número de massa: A

Número atômico: Z

As partículas atômicas são representadas assim:

Número de prótons: P

Número de elétrons: e

Número de nêutrons: n

Vale lembrar que:

P = Z P = Z = e A = p + n n = A - Z

Alguns números se relacionam uns com os outros, por exemplo, se você souber o número atômico saberá também o número de prótons e elétrons, pois de acordo com a fórmula (P= Z = e) são iguais. Para determinar o número de nêutrons utilizamos um cálculo baseado na equação n = A – Z.

Vamos colocar o conhecimento em prática? Então defina o número de partículas dos seguintes elementos:

20Ca40

Número atômico → Z = 20

Número de prótons → P = Z = 20

Número de elétrons → P = Z = e = 20

Número de nêutrons → n = A – Z
n = 40 – 20
n = 20

Número de massa → A = P + n
A = 20 +20
A = 40

O Cálcio (Ca) possui: Z = 20, P = 20, e = 20, n = 20 e A = 40. Esses cálculos são aplicados a todos os elementos, para o Flúor (F) temos:

9F19

Os dados da Tabela fornecem Z e A, cálculo de n, e, P:

Número de prótons → P = Z = 9

Número de elétrons → P = e = 9

Número de nêutrons → n = A – Z
n = 19 – 9
n = 10

Só para confirmar o número de massa → A = P + n
A = 9 + 10
A = 19

Como medir a pressão atmosférica?



Ilustração de um barômetro.

O ar tem peso? Se você ainda não sabe fica sabendo agora: existe um aparelho específico para medir a pressão que o ar exerce sobre nós. Consiste num tubo capilar de 100 cm de comprimento, fechado em uma das extremidades e que contém mercúrio. Este tubo se encontra imerso em um recipiente que contém mercúrio e recebe o nome Barômetro de Torricelli.

Se não existisse esse aparelho seria necessário fazer inúmeros cálculos até chegar a um resultado não muito confiável. O Barômetro é seguro e eficiente e funciona da seguinte forma: o tubo cheio de mercúrio mostra a pressão, o metal líquido escoa até o ponto de 76 cm, este será o valor de pressão obtido a nível do mar e é considerado o normal, pode ser representado por 760 mmHg ou 1 atmosfera (1 atm).

E quem foi o inventor deste prático aparelho? O cientista italiano chamado Evangelista Torricelli (1608-1647) propôs em 1.643 que a pressão atmosférica podia ser medida através de instrumentos, após muitos estudos surge então o Barômetro de Torricelli, o qual recebeu esta nomenclatura em homenagem a seu inventor.

Então, vamos considerar o seguinte: a pressão atmosférica afeta o peso da coluna de mercúrio no tubo, uma vez que quanto maior a pressão do ar, mais comprida fica a coluna de mercúrio. Como a altura da coluna de mercúrio varia conforme a altitude em que é medida, ocorre que em altitudes elevadas a pressão atmosférica diminui e a altitudes inferiores ela se eleva.

A pressão atmosférica pode ser calculada, multiplicando-se o peso da coluna de mercúrio pela densidade do mercúrio e pela aceleração da gravidade.

Constituição da matéria


A matéria argila é transformada em um
objeto através do trabalho humano.

Podemos definir matéria como sendo tudo aquilo que tem massa e ocupa lugar no espaço. Toda matéria é formada por pequenas partículas, designadas átomos.

Em 1808, se baseando em fatores experimentais, o cientista britânico John Dalton (1766-1844), formulou uma teoria, a chamada teoria atômica de Dalton que define:

1- Pequenas partículas esféricas, maciças e indivisíveis, nomeadas átomos, constituem a matéria.
2- Elemento químico é composto de um conjunto de átomos com as mesmas massas e tamanhos.
3- Elementos químicos diferentes indicam átomos com massas, tamanhos e propriedades diferentes.
4- Substâncias diferentes são resultantes da combinação de átomos de elementos diversos.
5- A origem de novas substâncias está relacionada ao rearranjo dos átomos, uma vez que eles não são criados e nem destruídos.


Modelo atômico de Dalton

São exemplos de matérias o ferro, a madeira, a água, e existem matérias que não podem ser vistas como é o caso do ar que respiramos.
Através da matéria podemos dar origem a materiais (objetos). Exemplificando seria assim: com um pedaço de madeira o carpinteiro faz um móvel, o ferro é usado para fabricar ferramentas.
Surge assim outra definição, a de corpo e objeto: Corpo é qualquer porção limitada de matéria e objeto, é aquilo que o corpo se transforma quando é trabalhado.
Mais exemplos: o escultor usa um pedaço de mármore (corpo) para fazer uma estátua (objeto). O ourives faz um anel (objeto), de uma barra de ouro (corpo).
Ao relacionarmos matéria com o exemplo, ficaria assim:

Matéria- ouro
Corpo- barra de ouro
Objeto- anel

Densidade

Densidade é a relação entre a massa de um material e o volume por ele ocupado. O cálculo da densidade é feito pela seguinte expressão:

Densidade = massa
volume

A densidade determina a quantidade de matéria que está presente em uma unidade de volume, por exemplo, o mercúrio possui maior densidade do que o leite, isso significa que num dado volume de mercúrio há mais matéria que em uma mesma quantidade de leite.

A densidade nos auxilia na caracterização de uma substância. A densidade dos sólidos e líquidos é expressa em gramas por centímetro cúbico (g/cm3). Vejamos a densidade de algumas substâncias:

Álcool etílico...........................0,789 g/cm3
Água .......................................0,997 g/cm3
Leite integral............................1,03 g/cm3
Alumínio ................................ 2,70 g/cm3
Diamante ..................................3,5 g/cm3
Chumbo...................................11,3 g/cm3
Mercúrio .................................13,6 g/cm3

Distribuição Eletrônica de Elétrons

Os elétrons estão distribuídos em camadas ao redor do núcleo. Admite-se a existência de 7 camadas eletrônicas, designados pelas letras maiúsculas:


K,L,M,N,O,P e Q. À medida que as camadas se afastam do núcleo, aumenta a energia dos elétrons nelas localizados.

As camadas da eletrosfera representam os níveis de energia da eletrosfera. Assim, as camadas K,L,M,N,O, P e Q constituem os 1º, 2º, 3º, 4º, 5º, 6º e 7º níveis de energia, respectivamente.

Por meio de métodos experimentais, os químicos concluíram que o número máximo de elétrons que cabe em cada camada ou nível de energia é:

Nível de energia Camada Número máximo de elétrons
K 2
L 8
M 18
N 32
O 32
P 18
Q 2 (alguns autores admitem até 8)

Em cada camada ou nível de energia, os elétrons se distribuem em subcamadas ou subníveis de energia, representados pelas letras s,p,d,f, em ordem crescente de energia.

O número máximo de elétrons que cabe em cada subcamada, ou subnivel de energia, também foi determinado experimentalmente:

energia crescente
---------------------------------->

Subnível s p d f
Número máximo de elétrons 2 6 10 14

O número de subníveis que constituem cada nível de energia depende do número máximo de elétrons que cabe em cada nível. Assim, como no 1ºnível cabem no máximo 2 elétrons, esse nível apresenta apenas um subnível s, no qual cabem os 2 elétrons. O subnível s do 1º nível de energia é representado por 1s.

Como no 2º nível cabem no máximo 8 elétrons, o 2º nível é constituído de um subnível s, no qual cabem no máximo 2 elétrons, e um subnível p, no qual cabem no máximo 6 elétrons. Desse modo, o 2º nível é formado de dois subníveis, representados por 2s e 2p, e assim por diante.

Resumindo:

Nível Camada Nº máximo de elétrons Subníveis conhecidos
K 2 1s
L 8 2s e 2p
M 18 3s, 3p e 3d
N 32 4s, 4p, 4d e 4f
O 32 5s, 5p, 5d e 5f
P 18 6s, 6p e 6d
Q 2 (alguns autores admitem até 8) 7s 7p

Linus Gari Pauling (1901-1994), químico americano, elaborou um dispositivo prático que permite colocar todos os subníveis de energia conhecidos em ordem crescente de energia. É o processo das diagonais, denominado diagrama de Pauling, representado a seguir. A ordem crescente de energia dos subníveis é a ordem na seqüência das diagonais.

1s, 2s, 2p, 3s, 3p, 4s, 3d, 4p, 5s, 4d, 5p, 6s, 4f, 5d, 6p, 7s, 5f, 6d
--------------------------------------------------------------------->
ordem crescente de energia


Acompanhe os exemplos de distribuição eletrônica:

1 - Distribuir os elétrons do átomo normal de manganês (Z=25) em ordem de camada.

Solução:

Se Z=25 isto significa que no átomo normal de manganês há 25 elétrons. Aplicando o diagrama de Pauling, teremos:

K - 1s2
L - 2s2 2p6
M - 3s2 3p6 3d5
N - 4s2
4p 4d 4f
O - 5s 5p 5d 5f
P - 6s 6p 6d
Q - 7s 7p

Resposta: K=2; L=8; M=13; N=2

2 - Distribuir os elétrons do átomo normal de xenônio (Z=54) em ordem de camada.

Solução:

K - 1s2
L - 2s2 2p6
M- 3s2 3p6 3d10
N- 4s2 4p6 4d10
4f
O- 5s2 5p6 5d 5f
P- 6s 6p 6d
Q- 7s 7p

Resposta: K=2; L=8; M=18; N=18; O=8

Há alguns elementos químicos cuja distribuição eletrônica não “bate” com o diagrama de Pauling.

Energia



Energia Eólica

A energia pode ser definida como a capacidade de produzir um efeito, que pode ser de forma transitória ou permanente. A energia transitória pode ser, por exemplo, o calor, trabalho, energia mecânica, etc. As formas permanentes são: energia interna, potencial, cinética, química e nuclear. O conceito de energia está diretamente relacionado à capacidade de realizar trabalho. É bom lembrar que a energia causa modificações na matéria e, em muitos casos, de forma irreversível.

O nosso universo é constituído de matéria e energia. Se pegarmos qualquer porção do universo e nos submetermos a observá-la, ela pode ser considerada como um sistema, e tudo que rodeia essa porção é denominado ambiente. Sendo assim, podemos classificar o sistema segundo sua capacidade de trocar matéria e energia com o ambiente que está inserido.

Sistema fechado: troca somente energia com o ambiente.

Sistema aberto: tem a capacidade de trocar energia e matéria com o ambiente.

Sistema isolado: nesse sistema não há troca de energia e nem de matéria com o ambiente.

A energia elétrica é a forma de energia mais utilizada no mundo. Ela pode ser obtida de várias maneiras:

Energia solar: é um método que não produz danos ao meio ambiente, sua fonte, o Sol, é inesgotável. Os painéis solares possuem células fotoelétricas que transformam a energia proveniente dos raios solares em energia elétrica.

Energia nuclear: produzida nas usinas nucleares por meio de processos físico-químicos, é uma energia térmica que é transformada em energia elétrica.

Energia eólica: (ar em movimento): é usada para produzir energia elétrica. É atraente por não causar danos ambientais e ter custo de produção baixo em relação a outras fontes alternativas de energia.

A energia elétrica também pode se transformar em:

Energia térmica: quando vamos tomar banho, ao ligar o chuveiro a energia elétrica é transformada em energia térmica.

Energia luminosa: recebemos iluminação em casa pela transformação da energia elétrica que, ao passar por uma lâmpada, torna-se incandescente.

Alotropia



Moléculas de grafite e diamante respectivamente.

A capacidade de um elemento químico formar duas ou mais substâncias simples diferentes é denominada de Alotropia

Exemplos:

1- O gás oxigênio (O2) e ozônio (O3) diferem um do outro na atomicidade, isto é, no número de átomos que forma a molécula.

Dizemos então que o gás oxigênio e o ozônio são as formas alotrópicas do elemento químico oxigênio. O oxigênio existe no ar atmosférico, sendo um gás indispensável à nossa respiração. O ozônio é um gás que envolve a atmosfera terrestre, protegendo-nos dos raios ultravioleta do sol.

2 - Carbono (C): Seus átomos podem se unir de várias formas diferentes formando inúmeras substâncias. O diamante e a grafite são substâncias simples formadas apenas por carbono, a grande diferença entre elas é a maneira como os átomos ficam organizados nas moléculas, ou seja, o rearranjo dos átomos. A grafite representa a forma mais estável do carbono, já o diamante, só é conseguido com pressões e temperaturas altíssimas.

3 - O fósforo vermelho e o fósforo branco são alótropos do elemento químico fósforo, que diferem entre si pela atomicidade.

OBS: ALOTROPIA refere-se somente a SUBSTÂNCIAS SIMPLES.

Balanceamento de equações



A fotossíntese ocorre em equilíbrio na natureza.

Segundo o cientista francês, Antoine Laurent Lavoisier, em uma reação química: A soma das massas das substâncias reagentes é igual à soma das massas dos produtos da reação.”

Esse enunciado é conhecido como Lei de Lavoisier ou Lei da Conservação das Massas. Para que uma reação química esteja de acordo com a Lei de Lavoisier, os números de átomos dos elementos devem ser iguais nos dois membros da equação, ou seja, a equação deve estar corretamente balanceada.

Exemplo de um balanceamento - Equação da Fotossíntese:

A fotossíntese é o processo através do qual as plantas, e alguns outros organismos transformam energia luminosa em energia química processando o dióxido de carbono (CO2), água (H2O) e minerais em compostos orgânicos e produzindo oxigênio gasoso (O2). A equação geral do processo:

12 H20 + 6 CO2 -----> C6H12O6 + 6 H20 +6 O2


Quando um vegetal clorofilado realiza fotossíntese, para cada 6 moléculas de gás carbônico que reagem, são necessárias 6 moléculas de água para produzirem 1 molécula de glicose e 6 de oxigênio.

Se um dos coeficientes da equação for multiplicado por um número, todos os coeficientes dessa equação deverão ser multiplicados pelo mesmo número. Verifique o número de átomos, de cada elemento no 1º e 2º membros da equação acima:

C: 6 átomos no 1º membro e 6 átomos no 2º membro.

O: 24 átomos no 1º membro e 24 átomos no 2º membro.

H: 24 átomos no 1º membro e 24 átomos no 2º membro.

Isto significa que a equação acima está corretamente balanceada, ou seja, os seus coeficientes estão ajustados.

Para contar o número de átomos de cada elemento, deve-se multiplicar o coeficiente pelo correspondente índice (número que fica abaixo e à direita do símbolo). Se o elemento aparece em mais de uma substância do mesmo membro, seus átomos devem ser somados.

Classificação da matéria



O sangue é uma mistura heterogênea.

A matéria pode ser definida como sendo tudo aquilo que tem massa e ocupa lugar no espaço, ela é formada por pequenas partículas, designadas átomos e esses podem se unir de várias maneiras, formando as moléculas.
A matéria pode se agrupar através dos átomos e formar os mais variados produtos que se classificam em: substâncias ou misturas.
As substâncias se diferem em dois tipos, de acordo com suas composições:

Substâncias simples: essas apresentam apenas um elemento, ou seja, apenas um tipo de átomo que pode estar agrupado em moléculas ou isolado.
Exemplos: Hidrogênio (H2) e Hélio (He). Repare que o nome da substância simples pode ser o mesmo do elemento que a constitui ou pode ser diferente, como é o caso do Gás Ozônio (O3).

Substâncias compostas: também chamadas de compostos, essas substâncias são formadas por mais de um elemento químico.
Exemplos: Água (H20), Gás cianídrico (HCN), Gás carbônico (CO2), Amônia (NH3).

Observação importante: A substância pura é aquela que apresenta apenas um tipo de molécula, seja ela simples ou composta. Exemplificando ficaria assim:
Oxigênio (O2) - substância pura simples
Metano (CH4) – substância pura composta

Misturas: quando a molécula apresenta mais de uma substância é chamada de mistura. A água oxigenada é um exemplo, pois ela contém água (H2O) e peróxido de hidrogênio (H2O2). As misturas podem se classificar em Misturas homogêneas ou heterogêneas.

Antes de prosseguir é preciso saber: o que é fase? É quando observamos uma determinada mistura a olho nu e vemos apenas um aspecto uniforme de cada fração.
Se, por exemplo, forem colocados em um recipiente areia, água e óleo, veremos que a mistura possui três fases.

Misturas homogêneas: essas misturas apresentam uma única fase. Quando misturamos água e álcool, nem com o auxílio de um microscópico poderíamos ver a separação dos dois líquidos, dizemos então que a mistura possui uma só fase, ou seja, é uma mistura homogênea.

Misturas heterogêneas: são misturas que apresentam mais de uma fase, temos o exemplo da água e do óleo quando se misturam. Seria fácil perceber nesse caso, o aspecto visual heterogêneo - a água se separa completamente do óleo - sendo assim, a mistura se torna heterogênea porque vemos nela duas fases.

Vejamos os exemplos:
1. O leite é uma mistura homogênea quando observamos a olho nu, mas com o auxílio de um microscópico é possível perceber gotículas de gordura em suspensão, e quando aquecemos o leite elas se unem formando a nata.

2. A fumaça que polui o meio ambiente, quando observada ao microscópico mostra minúsculas partículas de carvão suspensas.

3. O granito é formado por quartzo, feldspato e mica, possui três fases, é, portanto, uma mistura heterogênea.


Pedra de granito

Compostos iônicos: definição e características principais

Uma ligação entre íons ocorre com a transferência definitiva de elétrons, essa ligação é caracterizada pela existência de forças de atração eletrostática entre íons. A atração que existe entre íons negativos (ânions) e positivos (cátions) dá origem à ligação iônica.

Os compostos formados por ligações iônicas são denominados de compostos iônicos. Para exemplificar, vamos usar a ligação entre Na e Cl, você já sabe qual substância é formada pela junção desses dois elementos? É o sal de cozinha (NaCl), que recebe a denominação científica de cloreto de sódio, a reação que ocorre para a formação você confere agora.

O átomo de sódio (Na) não é estável, pois apresenta 1 elétron livre na camada de valência, a estabilidade só será atingida se ele perder um elétron, o que dará origem ao cátion Na+. O átomo de cloro (Cl-) por sua vez também não é estável, pelos mesmos motivos que o Na, e atingirá a estabilidade somente se ganhar um elétron, esse átomo dá origem ao íon Cl-.

Se os íons já estão formados e eletronicamente estáveis, haverá assim uma interação eletrostática, mais conhecida como ligação iônica. Esse fenômeno químico acontece graças à regra: cargas com sinais opostos se atraem. Veja a equação:

Na+ + Cl-NaCl

Os compostos derivados da ligação iônica são denominados de compostos iônicos e possuem estrutura eletronicamente neutra.

Características dos compostos iônicos:

- Apresentam ponto de fusão (P.F.) e ponto de ebulição (P.E.) elevados, esta característica é explicada pelo arranjo cristalino destes compostos. O arranjo molecular de uma ligação está tão fortemente ligado que é preciso um intenso aquecimento para quebrar o arranjo do retículo cristalino, portanto, o ponto de ebulição se eleva.

- Os compostos iônicos são condutores de eletricidade, tanto os dissolvidos em água, como também os puros no estado líquido. Há existência de íons nestes compostos e como estes possuem liberdade de movimento são atraídos pelo eletrodo, fechando assim o circuito elétrico.

- Compostos iônicos sólidos à temperatura ambiente apresentam temperatura a 25° C e pressão de 1 atm, e o melhor solvente para esses compostos é a água.

Cuidados com produtos químicos



Produtos de limpeza são tóxicos.

É difícil acreditar, mas em nossa própria casa escondemos um arsenal de produtos perigosos que podem levar à morte, leia abaixo um acidente comum que pode deixar uma pessoa sem um dos sentidos:

Misturar os produtos para limpeza: sabão em pó, amoníaco, água sanitária, e utilizar desta mistura para higienizar ambientes fechados como banheiros é muito comum. No entanto, a reação química proveniente da junção destas substâncias se manifesta com o aparecimento de uma fumaça asfixiante, em poucos instantes ela afeta olhos, nariz, e pode levar à perda do olfato e visão. Viu como é sério? O ambiente fechado não deixa que os vapores tóxicos escapem.

Acompanhe agora algumas dicas importantes:

1. Uma das principais causas dos acidentes domésticos é o uso indevido de produtos de limpeza. Reserve um local exclusivo para produtos perigosos como: água sanitária, limpa-fornos, produtos com amoníaco, álcool, entre outros. O ideal seria um armário com tranca para evitar que crianças toquem nesse material.

2. Utilize equipamentos de segurança quando for manusear produtos tóxicos: avental para proteger o corpo, luvas de borracha para evitar contato com as mãos e óculos de segurança para os olhos, estes são protetores que evitam queimaduras na pele e cegueira.

3. Antes de utilizar um produto químico para limpeza, leia atentamente seu rótulo com as indicações de como usá-lo com segurança.

ATENÇÃO para este símbolo:


Ele diz que o produto é tóxico e pode levar à morte.

4. Outro acidente que ocorre com frequência envolve produtos voláteis como álcool, neste caso o símbolo de alerta é o seguinte:

Nunca deixe produtos que contenham este símbolo em seu rótulo perto de fogões, lareiras, churrasqueiras, etc.

Se estes procedimentos forem realizados você evitará acidentes e protegerá sua família.

Dióxido de carbono



Gelo seco: dióxido de carbono sólido

Com certeza você já ouviu falar ou até mesmo ingeriu Dióxido de carbono (CO2), mais conhecido como gás carbônico. Quem nunca experimentou um refrigerante e se deliciou por sentir cócegas no céu da boca e com a reação de refrescância provocados pela presença de gás? O CO2 está presente em águas e refrigerantes gaseificados. O sabor ácido característico destas bebidas é alcançado com a adição desse gás.

O dióxido de carbono gasoso pode ser convertido ao estado sólido “CO2 (s)”, com este aspecto é conhecido como gelo seco e ganhou espaço no cinema, onde é usado como efeito especial em filmes de terror e shows de rock. Tudo porque quando o CO2 (s) entra em contato com a pressão atmosférica é aquecido e torna-se um gás, dando origem a uma densa nuvem branca. Essa nuvem permanece ao nível do chão, pois é mais densa que o ar, e assim produz o efeito desejado.

O processo descrito acima é conhecido por Sublimação e consiste na passagem de um sólido ao estado de vapor sem antes passar pelo estado líquido, ou seja, à medida que o gelo-seco é aquecido, ele se transforma diretamente em dióxido de carbono gasoso e não em líquido.

E a utilização de CO2 não para por aí, este gás pode ainda evitar incêndios. Os chamados extintores de dióxido de carbono são indicados para apagar o fogo gerado por equipamentos elétricos energizados, como motores, geradores, cabos, etc. Ao acioná-lo é formada no bocal uma espécie de "neve", esse vapor é o dióxido de carbono líquido em alta pressão.

Mas infelizmente o gás dióxido de carbono tem sua forma perigosa quando presente em nossa atmosfera: é responsável pelo efeito estufa (aquecimento do planeta). O gás prejudicial é lançado pelos automóveis e é proveniente da queima incompleta de combustíveis à base de petróleo.

Elementos naturais e sintéticos


Após investigar a Tabela Periódica pode surgir uma dúvida, todos os elementos dispostos na mesma são encontrados na natureza? Mas se existem todos eles, onde se encontram? Na verdade alguns destes elementos são sintetizados em laboratório, ou seja, produzidos artificialmente.

Elementos naturais: São os elementos químicos encontrados na natureza.

Elementos sintéticos: São os elementos químicos cujos átomos são produzidos artificialmente, é a chamada síntese em laboratório.

A Tabela Periódica conta com 114 elementos distribuídos em linhas e colunas. Entre eles, são conhecidos 92 elementos naturais, sendo o de maior número atômico o urânio (Z = 92), os outros 22 são sintéticos e se classificam em duas categorias:

Cisurânicos: elementos sintéticos que possuem número atômico inferior a 92, por exemplo: Promécio (Pm), Frâncio (Fr).

Transurânicos: elementos com número atômico superior a 92. Exemplos: Plutônio (Pu), Mendelévio (Md), Unúmbio (Uub).


Equação Química

A equação química é a forma de se descrever uma reação química. Os reagentes são mostrados no lado esquerdo da equação e os produtos no lado direito.
Representação de uma Equação Química:

Reagentes Produtos

Através da Equação Química é possível saber o estado físico do átomo participante da reação, através das letras respectivas entre parênteses: Gás (g), Vapor (v), Líquido (l), Solução aquosa (aq), Sólido (s), Cristal (c).

Símbolos podem ser usados para descrever uma reação:

- Catalisadores ou aquecimento: ∆
- Formação de um precipitado: ↓
- Quando a reação é reversível: ↔
- Presença de luz: λ

Números são utilizados para descrever as proporções das diferentes substâncias que entram nas reações, veja a equação:

H2 + Cl2 → 2 HCl

Esse número que antecede o elemento, no caso o número 2, é chamado de coeficiente estequiométrico. A função desse coeficiente é indicar a quantidade de cada substância que participa da reação.

Através de uma equação é possível saber praticamente tudo sobre uma reação química.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Português

Gramática

Acordo Ortográfico

Após várias tentativas de se unificar a ortografia da língua portuguesa, a partir de 1º de janeiro de 2009 passou a vigorar no Brasil e em todos os países da CLP (Comunidade de países de Língua Portuguesa) o período de transição para as novas regras ortográficas que se finaliza em 31 de dezembro de 2012.


Algumas modificações foram feitas no sentido de promover a união e proximidade dos países que tem o português como língua oficial: Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Timor Leste, Brasil e Portugal.


No entanto, não é necessário que haja aversão às alterações, pois são simples e fáceis de serem apreendidas! Além disso, há um prazo de adaptação que dá calmaria a todo processo de mudança!
Para tanto, o Brasil Escola apoiará as novas regras e irá promover a atualização dos textos para que os internautas possam se sentir mais confortados e ambientados com esse novo jeito de escrever algumas palavras!


A ABL (Academia Brasileira de Letras) dispõe de um link para quem tiver dúvidas sobre o acordo, é só acessar www.academia.org.br e procurar o serviço “ABL Responde” à direita na página. No entanto, não há prazo para que as repostas sejam enviadas, já que cada pergunta passará por análise da comissão de lexicografia e lexicologia.


O Brasil Escola também contará com um e-mail para que você possa enviar sua dúvida a respeito do novo acordo ortográfico: duvidasacordo@brasilescola.com. Teremos prazer em atendê-lo e nos comprometemos a responder o mais rápido possível!


Visite esta seção e tire todas as suas dúvidas de maneira rápida e objetiva, proporcionada por uma linguagem simples e prazerosa. Fique sabendo de todas as mudanças ortográficas significativas para o Brasil! É só clicar e informar-se!

Conjunção


A palavra “conjunção” provém de “conjunto”. Vejamos a definição do último termo no dicionário Aurélio: Conjunto: adj. 1. Junto simultaneamente. sm. 2 Reunião das partes dum todo.
Já o sufixo -ção tem significado de “resultado de uma ação”. Logo, se associarmos as duas definições temos que: conjunção é a ação de juntar simultaneamente as partes de um todo.
Com essa primeira definição, vejamos essa frase composta por três verbos, ou seja, por três orações:

Os dias passam, as prestações chegam, a vida continua.

Vamos acrescentar na frase acima as palavras e e mas:

Os dias passam e as prestações chegam, mas a vida continua.

Notamos o seguinte: retiramos a vírgula e substituímos por palavras, e ao fazê-lo ligamos uma oração à outra, criamos um vínculo, uma união. A palavra e está ligando as orações 1 e 2 e a palavra mas está ligando as orações 2 e 3. Portanto, as palavras e e mas que unem as frases são exemplos de conjunção.
Agora, vejamos esse outro exemplo:

Amor e carinho são sentimentos que estão em falta no nosso dia-a-dia.

Observamos que as palavras amor, carinho têm a mesma função na frase, a de juntas exercerem papel de sujeito da oração. O e está ligando essas duas palavras equivalentes, ou seja, de mesma função na oração. A ação de unir simultaneamente as partes (amor, carinho) de um todo (sujeito) foi feita a partir da palavra e, a qual é, portanto, uma conjunção.

Podemos agora definir conjunção de uma segunda maneira, a usada pela maioria dos gramáticos, por ser definição do dicionário:

Conjunção é a palavra invariável que relaciona duas orações ou dois termos que exercem a mesma função sintática.

Conjunção coordenada e subordinada

As conjunções podem ser classificadas em coordenativas e subordinativas, o que dependerá da relação que estabelecem entre as orações.
Vejamos essas duas frases:
Maria caiu e torceu o tornozelo.
Gostaria que você fosse sincera.

No primeiro caso temos duas orações independentes, já que separadamente elas têm sentido completo: Maria caiu e Maria torceu o tornozelo. O período é composto por coordenação, pois as ações são sintaticamente completas em significado.
No segundo caso, uma oração depende sintaticamente da outra. O verbo “gostaria” fica sem sentido se não há complemento, o que causa o questionamento seguinte: “gostaria de quê?”. Assim, a oração “que você fosse sincera” é complemento e, portanto, subordinada à primeira oração “Gostaria”. A palavra que, então, é a conjunção subordinativa que une as duas orações.

Locução conjuntiva

Há ainda a locução conjuntiva, que acontece quando duas ou mais palavras exercem a função de conjunção. Alguns exemplos são: desde que, assim que, uma vez que, antes que, logo que, ainda que.
Vejamos um exemplo:

Ele irá te ajudar, desde que você faça a sua parte.

Temos duas orações: “Ele irá te ajudar” e “você faça a sua parte”, ligadas pela locução conjuntiva desde que.

Dúvidas verbais

Existem muitos verbos que causam dúvidas constantes entre nós!
Aprender a conjugação correta deles é um martírio para alguns! Se fosse pelo menos um ou dois verbos...era só apelar para a decoreba e pronto!

No entanto, é um mar de verbos quase que sem fim: opto ou ópito; pôde ou pode; quis ou quiz; reaveram ou reaviram; requereu, requeriu ou requis; ver ou vir, dentre outros.

Mas não vamos nos desgastar com esse assunto e fazer disso um sofrimento. Afinal, depois que nós entendemos fica fácil, fácil! E quando isso acontece, nós ficamos mais confiantes, pois escrevemos com maior facilidade e falamos sem nos sentir intimidados. Além disso, temos embasamento gramatical, caso sejamos questionados a respeito do uso de um determinado verbo.

Esta seção tem como objetivo promover o aprendizado dos verbos apontados acima que são motivos de equívocos e até mesmo de constrangimentos! Clique, informe-se e não tenha mais problemas!

Regência Verbal

A regência de um verbo é determinada pela relação do mesmo com seu complemento.
Logo, o verbo é o termo regente e o complemento é o termo regido. Observe:



Exemplos: Joana assistiu um paciente no hospital onde trabalha.
Joana assistiu ao jogo da seleção brasileira.



Observe que na primeira oração o verbo assistir é transitivo direto, ou seja, exige complemento (objeto direto) e tem significado aproximado de “prestar assistência”.
Já na segunda oração o verbo “assistir” é transitivo indireto, ou seja, exige complemento, porém precedido de preposição e significa “ver”.



Reger é determinar a flexão de um termo, que neste caso é o complemento, já que o verbo é o termo regente.



Há uma dependência sintática entre regente (verbo) e termo regido (complemento), uma vez que o último completa o sentido do primeiro. Veja:

Joana comprou uma bolsa para Jussara.

O verbo “comprou” é transitivo direto e pede um complemento: Joana comprou o que? Uma bolsa (termo regido), para quem? Para Jussara (objeto indireto: precedido da preposição “para”).


Os pronomes pessoais oblíquos o, a, os, as e suas variações la, lo, los, las, no, na, nos, nas são objetos diretos. Já os pronomes lhe, lhes são objetos indiretos.



Exemplos: Joana disse que iria comprá-la. (Joana disse que iria comprar. Comprar o que? La (algo, um objeto, o qual pode ser uma bolsa, uma blusa, etc.)
Joana lhe explicou por que não era para comprar. (Joana explicou. Explicou o que? O motivo pelo qual não era para comprar. Explicou para quem? Lhe (para você: objeto indireto precedido de preposição).

Concordância Verbal e Nominal

De acordo com Mattoso Câmara “dá-se em gramática o nome de concordância à circunstância de um adjetivo variar em gênero e número de acordo com o substantivo a que se refere (concordância nominal) e à de um verbo variar em número e pessoa de acordo com o seu sujeito (concordância verbal). Há, não obstante, casos especiais que se prestam a dúvidas”.


Então, observamos e podemos definir da seguinte forma: concordância vem do verbo concordar, ou seja, é um acordo estabelecido entre termos.

O caso da concordância verbal diz respeito ao verbo em relação ao sujeito, o primeiro deve concordar em número (singular ou plural) e pessoa (1ª, 2ª, 3ª) com o segundo.

Já a concordância nominal diz respeito ao substantivo e seus termos referentes: adjetivo, numeral, pronome, artigo. Essa concordância é feita em gênero (masculino ou feminino) e pessoa.



Como vimos acima, na definição de Mattoso Câmara, existem regras gerais e alguns casos especiais que devem ser estudados particularmente, pois geram dúvidas quanto ao uso. Há muitos casos que a norma não é definida e há resoluções diferentes por parte dos autores, escritores ou estudantes da concordância.

Crase

Temos vários tipos de contração ou combinação na Língua Portuguesa. A contração se dá na junção de uma preposição com outra palavra.



Na combinação, as palavras não perdem nenhuma letra quando feita a união. Observe:



• Aonde (preposição a + advérbio onde)
• Ao (preposição a + artigo o)



Na contração, as palavras perdem alguma letra no momento da junção. Veja:



• da ( preposição de + artigo a)
• na (preposição em + artigo a)



Agora, há um caso de contração que gera muitas dúvidas quanto ao uso nas orações: a crase.



Crase é a junção da preposição “a” com o artigo definido “a(s)”, ou ainda da preposição “a” com as iniciais dos pronomes demonstrativos aquela(s), aquele(s), aquilo ou com o pronome relativo a qual (as quais). Graficamente, a fusão das vogais “a” é representada por um acento grave, assinalado no sentido contrário ao acento agudo: à.



Como saber se devo empregar a crase? Uma dica é substituir a crase por “ao”, caso essa preposição seja aceita sem prejuízo de sentido, então com certeza há crase.



Veja alguns exemplos: Fui à farmácia, substituindo o “à” por “ao” ficaria Fui ao supermercado. Logo, o uso da crase está correto.



Outro exemplo: Assisti à peça que está em cartaz, substituindo o “à” por “ao” ficaria Assisti ao jogo de vôlei da seleção brasileira.



É importante lembrar dos casos em que a crase é empregada, obrigatoriamente: nas expressões que indicam horas ou nas locuções à medida que, às vezes, à noite, dentre outras, e ainda na expressão “à moda”.Veja:



Exemplos: Sairei às duas horas da tarde.
À medida que o tempo passa, fico mais feliz por você estar no Brasil.
Quero uma pizza à moda italiana.



Importante: A crase não ocorre: antes de palavras masculinas; antes de verbos, de pronomes pessoais, de nomes de cidade que não utilizam o artigo feminino, da palavra casa quando tem significado do próprio lar, da palavra terra quando tem sentido de solo e de expressões com palavras repetidas (dia a dia)

Estrutura e Formação de Palavras

Conceitos básicos:

Observe as seguintes palavras:
escol-a
escol-ar
escol-arização
escol-arizar
sub-escol-arização
Observando-as, percebemos que há um elemento comum a todas elas: a forma escol-. Além disso, em todas há elementos destacáveis, responsáveis por algum detalhe de significação. Compare, por exemplo, escola e escolar: partindo de escola, formou-se escolar pelo acréscimo do elemento destacável -ar.

Por meio desse trabalho de comparação entre as diversas palavras que selecionamos, podemos depreender a existência de diferentes elementos formadores. Cada um desses elementos formadores é uma unidade mínima de significação, um elemento significativo indecomponível, a que damos o nome de morfema.

Classificação dos morfemas:

Radical

Há um morfema comum a todas as palavras que estamos analisando: escol-. É esse morfema comum – o radical – que faz com que as consideremos palavras de uma mesma família de significação – os cognatos. O radical é a parte da palavra responsável por sua significação principal.

Afixos

Como vimos, o acréscimo do morfema –ar cria uma nova palavra a partir de escola. De maneira semelhante, o acréscimo dos morfemas sub- e –arização à forma escol- criou subescolarização. Esses morfemas recebem o nome de afixos.
Quando são colocados antes do radical, como acontece com sub-, os afixos recebem o nome de prefixos. Quando, como –arização, surgem depois do radical os afixos são chamados de sufixos. Prefixos e sufixos, além de operar mudança de classe gramatical, são capazes de introduzir modificações de significado no radical a que são acrescentados.

Desinências

Quando se conjuga o verbo amar, obtêm-se formas como amava, amavas, amava, amávamos, amáveis, amavam. Essas modificações ocorrem à medida que o verbo vai sendo flexionado em número (singular e plural) e pessoa (primeira, segunda ou terceira). Também ocorrem se modificarmos o tempo e o modo do verbo (amava, amara, amasse, por exemplo).

Podemos concluir, assim, que existem morfemas que indicam as flexões das palavras. Esses morfemas sempre surgem no fim das palavras variáveis e recebem o nome de desinências. Há desinências nominais e desinências verbais.

• Desinências nominais: indicam o gênero e o número dos nomes. Para a indicação de gênero, o português costuma opor as desinências -o/-a:
garoto/garota; menino/menina

Para a indicação de número, costuma-se utilizar o morfema –s, que indica o plural em oposição à ausência de morfema, que indica o singular: garoto/garotos; garota/garotas; menino/meninos; menina/meninas.
No caso dos nomes terminados em –r e –z, a desinência de plural assume a forma -es: mar/mares; revólver/revólveres; cruz/cruzes.

• Desinências verbais: em nossa língua, as desinências verbais pertencem a dois tipos distintos. Há aqueles que indicam o modo e o tempo (desinências modo-temporais) e aquelas que indicam o número e a pessoa dos verbos (desinência número-pessoais):

cant-á-va-mos

cant-á-sse-is

cant: radical

cant:

radical

-á-: vogal temática

-á-: vogal temática

-va-: desinência modo-temporal (caracteriza o pretérito imperfeito do indicativo)

-sse-:desinência modo-temporal (caracteriza o pretérito imperfeito do subjuntivo)

-mos: desinência número-pessoal (caracteriza a primeira pessoa do plural)

-is: desinência número-pessoal (caracteriza a segunda pessoa do plural)

Vogal temática

Observe que, entre o radical cant- e as desinências verbais, surge sempre o morfema –a.
Esse morfema, que liga o radical às desinências, é chamado de vogal temática. Sua função é ligar-se ao radical, constituindo o chamado tema. É ao tema (radical + vogal temática) que se acrescentam as desinências. Tanto os verbos como os nomes apresentam vogais temáticas.

• Vogais temáticas nominais: São -a, -e, e -o, quando átonas finais, como em mesa, artista, busca, perda, escola, triste, base, combate. Nesses casos, não poderíamos pensar que essas terminações são desinências indicadoras de gênero, pois a mesa, escola, por exemplo, não sofrem esse tipo de flexão. É a essas vogais temáticas que se liga a desinência indicadora de plural: mesa-s, escola-s, perda-s. Os nomes terminados em vogais tônicas (sofá, café, cipó, caqui, por exemplo) não apresentam vogal temática.

• Vogais temáticas verbais: São -a, -e e -i, que caracterizam três grupos de verbos a que se dá o nome de conjugações. Assim, os verbos cuja vogal temática é -a pertencem à primeira conjugação; aqueles cuja vogal temática é -e pertencem à segunda conjugação e os que têm vogal temática -i pertencem à terceira conjugação.

primeira conjugação

segunda conjugação

terceira conjugação

govern-a-va

estabelec-e-sse

defin-i-ra

atac-a-va

cr-e-ra

imped-i-sse

realiz-a-sse

mex-e-rá

ag-i-mos

Vogal ou consoante de ligação

As vogais ou consoantes de ligação são morfemas que surgem por motivos eufônicos, ou seja, para facilitar ou mesmo possibilitar a leitura de uma determinada palavra. Temos um exemplo de vogal de ligação na palavra escolaridade: o -i- entre os sufixos -ar- e -dade facilita a emissão vocal da palavra. Outros exemplos: gasômetro, alvinegro, tecnocracia, paulada, cafeteira, chaleira, tricota.

Sinais de pontuação
Muitas pessoas não dão o devido valor à acentuação, acham que não há problemas em se esquecer uma vírgula, um ponto final ou um parênteses ou simplesmente ignoram os sinais.

No entanto, uma vírgula ou ponto pode mudar todo o sentido de uma única oração. Observe: Eu ir lá claro que não.
Agora veja: Eu, ir lá? Claro que não!

Como se pode observar na última oração acima, a acentuação acompanha nossa fala, nossa entonação. Dessa forma, fica possível perceber as pausas feitas pelo falante, a fim de demonstrar com clareza o que e como quer dizer algo. Por exemplo: você dá parabéns a uma pessoa dessa forma: Parabéns. Desejo felicidades. , com o uso de ponto final na entonação, igual um robô?

Creio que não, pois queremos transmitir alegria nas felicitações, e o mais certo nessa ocasião é abusar do sinal gráfico que representa esse sentimento de euforia: o ponto de exclamação! Assim: Parabéns! Muitas felicidades! Fica bem melhor, não é?

Logo, a acentuação faz parte da nossa linguagem falada e escrita, e é imprescindível saber como usá-la corretamente!

Nesta seção você vai ficar sabendo como e quando usar cada um dos sinais de pontuação: vírgula, ponto final, ponto de interrogação, ponto de exclamação, ponto-e-vírgula, dois-pontos, aspas, reticências, parênteses e travessão. É só clicar!

Aspas

Usa-se aspas:

a) Quando há palavras ou expressões populares, gírias, neologismos, estrangeirismos ou arcaísmos.

Exemplos: Há “trombadinhas” nas cidades grandes “batendo carteira” o tempo todo, mas não há providências.
Por favor, antes de sair, faça um “backup”!
Ele mora lá nos “cafundó do Judas”!

b) Antes ou depois de citações. (*)

Exemplos: Neste sábado, 31/01/09, o ministro do Trabalho disse o seguinte a respeito do aumento no salário mínimo para R$ 460,00: "Esse aumento representa beneficiar mais de 45 milhões de pessoas, entre aposentados e pensionistas".

"É importante que os países ricos não esqueçam nunca que foram eles que inventaram essa história de que o comércio poderia fluir livremente pelo mundo. Não é justo que agora, que eles entraram em crise, esqueçam o discurso do livre comércio e passem a ser os protecionistas que nos acusavam de ser", disse Lula no Fórum Social Mundial, em Belém.

* textos retirados ou baseadas em reportagens da Folha Online.

c) Para assinalar palavras ou expressões irônicas.

Exemplos: Eles se comportaram “super” bem.
Sim, porque são uns “anjinhos”.

Parênteses

Usamos os parênteses para:

1.
Fazer um comentário ou explicação a respeito do que se escreve:

a) O João (aquele que fez aniversário nesta semana) perguntou sobre você hoje!
b) Eu, você e ele contaremos as boas novas. (pronomes)

2. Indicar informações bibliográficas, como: o autor, o nome da obra, o ano de publicação, a cidade, a página, etc.:

a) O texto será incoerente se seu produtor não souber adequá-lo à situação, levando em conta intenção comunicativa, objetivos, destinatário, regras socioculturais, outros elementos da situação, uso dos recursos lingüísticos, etc. Caso contrário, será coerente. (Ingedore G. Vilhaça Koch e Luiz Carlos Travaglia. A coerência textual. São Paulo: Contexto, 1993. p. 50.)

Os parênteses podem surgir, ainda, nas peças teatrais, quando o autor quer explicitar a ação tomada pela personagem.

João – Onde você estava?
Maria – Na padaria. Fui comprar um sonho para você.
João – Hum...que delícia...mas meu maior sonho eu já tenho: você!

Pontos

Ponto Final (.)

Empregamos o ponto final quando pretendemos encerrar uma frase declarativa:

1. Não quero saber de conversa.
2. Estou esperando você e ao menos sei porquê.

Também para finalizar frases imperativas:

1. Pegue esse papel para mim.
2. Vamos acordar mais cedo.

E nas abreviaturas:

1. Sr. (Senhor), num. (numeral), obs. (observação), Av. (Avenida), pág. (página), Lab. (laboratório), Med. (Medicina), Mat. (Matemática), Port. (Português), etc.

Ponto de exclamação (!)

Se apontarmos o significado de exclamar, saberemos quando utilizar o ponto de exclamação. Veja: exclamar é o ato de pronunciar em voz alta; bradar, clamar; gritar.

Então, de acordo com a significação acima, é fácil identificar o uso do ponto de exclamação: está nas frases que exprimem surpresa, felicidade, indignação, admiração, susto. E, portanto, está:

Nas frases exclamativas:

1. Isso é muito interessante!
2. Não podemos continuar assim!

Após imperativos:

1. Deixe-me!
2. Vá embora!

Depois das interjeições:

1. Ah! Ufa! Uau! Nossa! Beleza!

Após locuções interjetivas:

1. Minha nossa! Que bom! Que pena! Sei demais!

Ponto de interrogação (?)

Assim como o ponto de exclamação, o de interrogação também se caracteriza pelo nome. Afinal, o que é interrogar? É o ato de perguntar, questionar.

Logo, sempre quando há uma indagação, um questionamento, há um ponto de interrogação. Observe:

1. Você não quer jantar?
2. Por que o país não enxerga os miseráveis?
3. Não vou não, por quê?

Pode ainda ser usado junto com o ponto de exclamação para indicar um questionamento unido à admiração ou surpresa:

1. Eu?! Tem certeza?
2. - Quem vai ao supermercado para a mamãe?
- Eu vou!
- Você, Maria?! Muito bom!

Travessão

Usamos o travessão nos seguintes casos:

1.
Iniciar a fala de uma personagem:

Exemplo: A menina enfim disse:

- Não vamos nos preocupar com o porvir porque vamos dar nosso melhor hoje!

2. Indicar mudança de interlocutor em um diálogo:

- Vou fazer exercícios e preocupar mais com minha saúde.
- Farei o mesmo.

3. Para enfatizar alguma palavra ou expressão em um texto ou em substituição à vírgula:

a) O grupo teatral – super elogiado pela imprensa – estava deixando o hotel esta manhã.
b) Luiz Inácio - presidente da república – não pode se candidatar para uma nova eleição!

Dois-pontos

Os dois-pontos são usados:

Em enumerações

Exemplo: A mulher foi à feira e levou: dinheiro, uma sacola, cartão de crédito, um porta-níquel, e uma luva. Uma luva?

Antes de uma citação

Exemplos:
A respeito de fazer o bem aos outros, Confúcio disse certa vez: “O ver o bem e não fazê-lo é sinal de covardia.”

Por toda rigidez acerca dos pensamentos do século XIX, Nietzshie disse: “E falsa seja para nós toda verdade que não tenha sido acompanhada por uma gargalhada”.

Quando se quer esclarecer algo

Exemplos: Ele conquistou o que tanto desejava: uma vaga no TRT de Brasília.
Abriu mão do que mais gostava: acordar tarde. Mas foi recompensado por isso.

No vocativo em cartas, sejam comerciais ou sociais (ou vírgulas)

Exemplo: Querida amiga: (ou ,)
Estarei na sua casa no próximo mês. Tenho muito que te contar. (...)

Após as palavras: exemplo, observação, nota, importante, etc.

Exemplos:
a) Importante: Não se esqueça de colocar hífen na palavra ponto-e-vírgula.
b) Observação: o ponto de interrogação pode indicar surpresa: Mesmo?

Ponto-e-vírgula

O ponto-e-vírgula não tem função nem de ponto final e nem de vírgula, mas é um intermediário entre eles. Ou seja, não há pausa total, nem breve, mas uma moderação entre as duas.

É usado:

Para separar itens em uma enumeração (comuns em leis):

Art. 1º A locação de imóvel urbano regula-se pelo disposto nesta Lei.
Parágrafo único. Continuam regulados pelo Código Civil e pelas leis especiais:
a) as locações:
1. de imóveis de propriedade da União, dos Estados dos Municípios, de suas autarquias e fundações públicas;
2. de vagas autônomas de garagem ou de espaços para estacionamento de veículos;
3. de espaços destinados à publicidade;

Para apartar orações coordenadas muito extensas ou que já possuam vírgula:

“Às vezes, também a gente tem o consolo de saber que alguma coisa que se disse por acaso ajudou alguém a se reconciliar consigo mesmo ou com a sua vida; sonhar um pouco, a sentir uma vontade de fazer coisa boa.” (Rubem Braga)

Pode vir ainda substituindo a vírgula, a fim de se ter uma pausa um pouco mais longa. Isso acontece antes das conjunções adversativas (contudo, mas, porém, entretanto, todavia):

1. Quero sair mais com você; pois um casal precisa ter boas amizades.
2. Amanhã é dia de prova; porém não comecei a estudar ainda.

Importante: Ponto-e-vírgula se escreve assim mesmo, com hífen.

Reticências

As reticências são usadas nos seguintes casos:

1. Para interromper um pensamento de forma que o leitor subentenda o que seria enunciado ou imagine:

a) Ele disse que não queria, mas...
b) Nada disso teria acontecido se... você sabe.

2. Para indicar hesitações comuns na oralidade:

a) Daí ele pegou...ele pegou...como se diz mesmo...uma boina.
b) Não sei se você vai, mas...mas...não sei...penso que será muito bom!

3. Em trechos suprimidos de um texto:

a) (...) não existe texto incoerente em si, mas texto que pode ser incoerente em/para determinada situação comunicativa. (...) (Ingedore Villaça – A coerência textual)

b) (...) Dada a gravidade dos acontecimentos, em um último gesto, Collor reivindicou que a população brasileira saísse às ruas com o rosto pintado de verde e amarelo, em sinal de apoio ao seu governo. Em resposta, vários cidadãos, principalmente estudantes, passaram a sair nas ruas com os rostos pintados. Além do verde amarelo, utilizaram o preto em sinal de repúdio ao governo. Tal movimento ficou conhecido como “Caras Pintadas”. (…) (Rainer Sousa – “O fim do governo Collor”)

4. Para transmitir mais emoção e subjetividade para quem lê:
a) (...) 'Stamos em pleno mar... Dois infinitos
Ali se estreitam num abraço insano,
Azuis, dourados, plácidos, sublimes...
Qual dos dous é o céu? qual o oceano?...
'Stamos em pleno mar. . . Abrindo as velas
Ao quente arfar das virações marinhas,
Veleiro brigue corre à flor dos mares,
Como roçam na vaga as andorinhas... (...)